quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Letramento digital, que bicho é esse?

Nesses tempos modernos, ouvimos falar muito em letramento digital e como temos que saber fazer uso dessa tecnologia, daí vem a pergunta: e o que seria isso? o que é ser um letrado digital? Para começar vamos diferenciar alfabetização de letramento. Alfabetização é o processo no qual o aluno adquire a tecnologia de ler e escrever, enquanto que o letramento é quando, uma vez adquirido o método, o aluno precisa saber como utilizá-lo nas práticas sociais. Dessa mesma forma se enquadra o letramento digital, a pessoa pode ter o conhecimento básico e fazer o uso banal das mídias ou utilizá-las para tomar consciência da realidade e transformá-la.
Apesar do processo de letramento digital estar presente em toda a sociedade, mesmo que seja quase imperceptível, ele ainda não acontece nas escolas. Implantar essa nova consciência é o grande desafio, tanto para os educadores quanto para os governantes.
Utilizar recursos como navegar em textos da web, utilizar sites de relacionamento como orkut, enciclopédias virtuais, trabalhar com imagens e animações, são algumas mudanças que devem estar inseridas no contexto do processo educacional. Quando é utilizado um processo digital, as possibilidades de aprendizagem são multiplicadas, a atenção e a interação são incentivadas, pois simplifica atividades complicadas e propicia aos alunos o sentimento de serem autores de seus trabalhos, uma vez que tudo pode ser publicado e exibido na internet.
Estes recursos citados acima são alguns dos muitos aliados no processo de letramento digital. Porém, apenas o uso de mídias não é suficiente, pois as tecnologias, por si só, não vão revolucionar a educação, é preciso pensar em um educador letrado digitalmente.
O letramento digital é uma inclusão social em todos os sentidos, e não podemos esquecer que é uma prática social. Temos que promover o letramento digital ao ponto de poder dialogar com o mundo de igual para igual, de modo que não só possamos acessar conteúdos, mas também produzi-los, além de expressar opiniões, idéias e a cultura local.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Desmundo - Desconstrução de ideais

“Desmundo” é um obra que nos coloca em sintonia com a realidade do Brasil do século XVI, desconhecido de muitos; um país literalmente “bronco”. Emprega muitas palavras em desuso nos dias atuais, todos os diálogos são feitos em português arcaico o que obriga o uso de legenda em português coloquial do século XXI.
A história, sem dúvida, é boa: é o Brasil de quase cinco séculos atrás visto e sentido por uma mulher, uma portuguesa simples da época - simples, mas forte e densa, uma personagem interessantíssima: Oribela; é através desse olhar que vamos recebendo e construindo uma nova perspectiva sobre aqueles que ajudaram a formar esse tão grande e miscigenado país.
Acredito que esta obra é uma experiência lingüística, uma pesquisa histórico-lingüística para todos que o asistem ou leem, é como aprender uma nova língua. E a partir dessa análise vemos a evolução da língua e a origem de certos 'erros' que são cometidos na língua portuguesa
Forte e provocante, o filme nos convida a uma reflexão a respeito desse primeiro Brasil dos portugueses.

Patativa do Assaré

"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrê
Não nego meu sangue, não nego meu nome.
Olho para a fome , pergunto: que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
(trecho da música Cabra da Peste)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Variedade Linguistica

É importante considerarmos os diferentes usos que pessoas, grupos e determinadas comunidades fazem do portugês, na medida em que, ao nos aproximarmos dos usos que as pessoas fazem da língua, também estamos nos aproximando de diferentes culturas, de outras formas de ver mundo e de conceber os outros e as coisas.Temos dois tipos de variedades lingüísticas: os dialetos e os registros ou estilos. Quando falamos de dialetos, nos referimos às variedades que ocorrem em função das pessoas que usam a língua (os sujeitos que elaboram os enunciados) e quando falamos de registros ou estilos, às variedades que acontecem em função do uso que se faz da língua (como nos dirigirmos aos nossos interlocutores, isto é, a quem os enunciados que elaboramos se destinam).